domingo, 22 de maio de 2011

Revistas e jornais negros


Páginas da "imprensa negra"

Desde o último dia 13 de maio é possível acessar no site do Arquivo Público do Estado de São Paulo 23 títulos de jornais e revistas do movimento negro brasileiro

O Arquivo Público do Estado de São Paulo, órgão vinculado à Casa Civil, comemorou a Abolição da Escravatura no Brasil, no último dia 13 de maio, colocando em seu site o conteúdo integral de 23títulos de jornais e revistas da chamada “imprensa negra” brasileira. A coleção de periódicos pertence a várias vertentes do movimento negro no país durante as primeiras décadas do século XX. Segundo o Arquivo, a iniciativa irá facilitar o aceso ao acervo, que antes só poderia ser consultado na sede da instituição. Levando-se em conta que o Arquivo passa por uma grande obra, a iniciativa é mais uma demonstração de cuidado com o acerco histórico brasileiro e com pesquisadores.

A Voz da Raça, da Frente Negra Brasileira, é um dos muitos jornais que se encontram disponíveis para consulta no site. Fundado em 1933, o jornal é tido como um dos mais importantes do gênero, sendo bastante lido também fora da comunidade negra. A Voz da Raça circulou até 1937, totalizando 70 edições. Outro exemplo é a revista Quilombo (1950), editada por Abdias do Nascimento, célebre militante e agitador cultural. O periódico tinha a função de articular e divulgar a Convenção Nacional do Negro Brasileiro. Já o jornal Chibata, por sua vez, destacava-se por seu espírito irônico e brincalhão. Orgulhava-se de ser “o jornal de maior circulação do mundo". E tinha como uma das bandeiras a luta contra o preconceito. Em sua edição de fevereiro de 1932 estampava em sua capa: "precisamos extinguir de nosso meio, os preconceitos e vícios que tanto nos atrasam".

A expressão "imprensa negra" é comum no meio acadêmico para designar títulos de jornais e revistas publicados em São Paulo após o processo abolicionista, no final do século XIX. Estes periódicos destacaram-se no combate ao preconceito e na afirmação social da população negra, funcionando como instrumentos de integração deste grupo na sociedade brasileira no início do século XX.

Além disso, estes jornais também atuavam na divulgação de eventos cotidianos da população negra, tais como festas, bailes, concursos de poesia e beleza, os quais raramente apareciam em veículos da grande imprensa. É o caso, por exemplo, dos jornais Getulino (1916-1923) e O Clarim d´Alvorada (1929-1940) e da revista Senzala (1946), entre outros.

Grande parte dos jornais foi editada na cidade de São Paulo, mas também constam alguns títulos de outras cidades como o Rio de Janeiro, Campinas e Sorocaba.

Veja os títulos disponíveis na internet:

Jornais: O Alfinete (1918-1921), Alvorada (1948), Auriverde (1928), O Bandeirante (1918-1919), Chibata (1932), O Clarim (1924), O Clarim d´Alvorada (1929-1940), Cruzada Cultural (1950-1966), Elite (1924), Getulino (1916-1923), Hífen (1960), O Kosmos (1924-1925), A Liberdade (1919-1920), Monarquia (1961), O Novo Horizonte (1946-1954), O Patrocínio (1928-1930), Progresso (1930), A Rua (1916), Tribuna Negra (1935), A Voz da Raça (1933-1937), O Xauter (1916). Procure pelos títulos indicados no site: http://www.arquivoestado.sp.gov.br/jornais
Revistas: Quilombo (1950) e Senzala (1946). Consulte pelo site: http://www.arquivoestado.sp.gov.br/a_revistas


Retirado da

página: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-cafe-historia-21

Para mais uma vez começar

Andar pelas nostalgicas ruas antigas de Pelotas, lembranças de um pasado vil para aqueles que jamais gozaram as quentes salas das charqueadas, as varandas de casarões no centro localizadas, das casas ao ao redor da praça que são mostradas como nossa identidade quanto pelotenses, tudo fruto de meus anos na escola pública. O raiar da liberdade ainda tarda a chegar. Em comparação aos grilhões, mãos livres, porém nos vemos atados ao sistema capitalista, capitão do mato, chicote de feitor. O que fazer: aquilombar-se, na mente, na vida e por fim nas ações políticas. Criam-se novas experiências atraves da troca de opiniões, não devemos esquecer, proporcionar momentos e espaços como esses é abrir novos Palmares, para se trocas pensamentos e praticas que se tem vivenciado , sentar-se para escutar Koras e balafons, intercambio entre griots de diferentes caminhadas.

Criar este blog é proporcionar essa troca entre experiências, debate e oportunidade de individuosl afro-descendentes e simpatizantes a causa poderem trocar suas experiências que são únicas e distintas entre si. Considero então que minha saudade seja em realidade de um veículo de dimensões que um dia foi o jornal A Alvorada. No entanto não busco criar um novo Alvorada,desejo apenas sentir através de sua história a força para mais uma vez criar espaços de discussão e troca de experiências entre a comunidade negra. Escrevo como um individuo que dela faz parte mas apenas escrevo como um individuo que dela faz parte e sente a nescessidade de trocar , a nescessidade de trocar experiências para melhor pensar em nossa existência enquanto um negro que vive nesta sociedade

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