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Agosto negro propõe atividades que debatem o racismo e a desigualdade de direitos entre as raças
Pare um pouco e reflita. Mais de um século após a abolição da escravatura no Brasil e 17 anos desde o fim do Apartheid na África do Sul, o negro conseguiu igualdade social? E em Pelotas, como é este tratamento? Por que os negros ainda seguem, em maioria, à margem da sociedade? Estes e outros questionamentos estão em debate na Princesa do Sul desde o dia 14 através do movimento chamado Agosto Negro.
O Agosto Negro surgiu na década de 70 nos Estados Unidos com o objetivo de durante um mês levar as pessoas a uma reflexão acerca da discriminação e da desigualdade de direitos entre negros e brancos. Na época o mundo era espectador do regime de segregação social intitulado Apartheid que surgiu na África do Sul e separava as pessoas de acordo com a raça. Nesta divisão, os negros eram tratados como seres inferiores.
Leia a matéria completa sobre o movimento Agosto Negro, sua história e proposta, na edição impressa do Diário Popular desta terça-feira (23).
Programação
Terça-feira (23)
17h Cine Debate: Panteras negras (de Mario Van Peebles, EUA, 1995) na Casa 171*
Quarta-feira (24)
14h Oficina de violão na Casa 171
Quinta-feira (25)
17h Cine Debate: Good hair (de Chris Rock, EUA, 2009) na Casa 171.
Sexta-feira (26)
14h30min Programa Som do tempo na Rádio Com 104.5 FM ou no site do programa
18h30min Cinema na Rua - Exibição de curtas-metragem na rua Conde de Porto Alegre esquina Alberto Rosa.
23h Festa no Clube Cultural Chove Não Molha (na rua Benjamin Constant, 2.118)
Sábado (27)
13h Oficina de cozinha baiana, na Casa 171
18h Ciclos de Cinema 171: “Todo poder ao povo”
Domingo (28)
21h Programa Subversão na Rádio Com, 104.5 FM
Segunda-feira (29)
18h Oficina de serigrafia na Casa 171
Terça-feira (30)
15h Oficina de estêncil e faixas na Casa 171
Quarta-feira (31)
Muro da UFPel, no Campus Anglo (rua Gomes Carneiro, 1)
*A casa 171 fica na rua 15 de Novembro, número 171.
Por: Mônica Jorge
George Jackson nasceu em Chicago, Illinois, em 23 de setembro de 1941.Para muitos, ele é ainda desconhecido, mas para o imperialismo ianque ele era um perigo iminente. Por isso, George Jackson passou mais de uma década detido, sendo os sete últimos anos em completo isolamento, em quatro diferentes cárceres, sustentando firmemente sua inabalável convicção revolucionária.
George Jackson foi prisioneiro político do maior inimigo dos povos do mundo, o USA, um incansável lutador pelos direitos dos pobres, dos negros e de todos os povos do mundo.
Na cadeia, Jackson resistiu à brutalidade e se forjou como aço, se educou através da luta contra o sistema prisional bestial. Com Malcolm X, Frantz Fanon, Stokely Carmichael, e outros defensores dos direitos dos negros no USA, edificou uma fortaleza que só pôde ser suplantada pelo Estado através de seu assassinato.
George Jackson foi um dos fundadores e o membro mais destacado da Família da Guerrilha Negra (Black Guerrilla Family), organização revolucionária clandestina criada desde as prisões pelo Partido dos Panteras Negras, cujos membros constituíam um exército para executar ações armadas.
George Jackson imortalizou seu ideal de resistência e sua luta com a publicação da obra Soledad Brother (Irmão Soledad*): As Cartas da prisão de George Jackson.
Durante uma suposta tentativa de fuga, cujo desenrolar ainda é bastante obscuro, em 21 de agosto de 1971, os guardas da prisão o executaram com um tiro nas costas. George Jackson tinha então 29 anos de idade.
Seu funeral foi um grande ato de protesto. Centenas de pessoas compareceram para prestar honras ao Irmão Soledad, George Jackson.
Um pouco da história de George Jackson e sua luta pode ser visto no filme Agosto Negro, produzido em 2007.
Agosto Negro: Memória e Luta
Programação (e o que + pintar)
14/08 dom. Radio Com 104.5 fm (ou via internet http://radiocom.org.br/)
15 h. Programa Samba e Liberdade - 15h
21 h. Programa Subversão (Rádio Com 104.5)
15/08 seg. Instituto de Ciências Humanas (Alberto Rosa, 154) Sala 352 - FAE
17h. Cine Debate - Filme “Agosto Negro” (de Samm Styles, EUA, 2007.)
16/08 ter. Instituto de Ciências Humanas (Alberto Rosa, 154) Sala 352 - FAE
17:30 h. Ciclo de Conversas: “Pelotas 200 anos - A questão negra”
17/08 qua. Instituto de Ciências Humanas (Alberto Rosa, 154) Sala 352 - FAE
17:30 h. Ciclo de Conversas: “A mulher negra: movimentos sociais e educação”
18/08 qui. Instituto de Ciências Humanas (Alberto Rosa, 154) Sala 352 - FAE
17:30 h. Ciclo de Conversas: “A questão Quilombola”
19/08 sex. Instituto de Ciências Humanas (Alberto Rosa, 154) Sala 352 - FAE
17:30 h. Ciclo de Conversas: “Cotas e ações afirmativas”
14h. Oficina de Confecção de Tambores (no Ateliê de Arte, IAD)
20/08 sab. Casa 171 (15 de novembro, 171)
14h. Oficina de confecção de Berimbau
Roda de Capoeira
Roda de Samba
Exibição de filme e debate sobre samba.
21/08 dom. Radio Com 104.5 fm (ou via internet http://radiocom.org.br/)
21h. Programa Subversão
22/08 seg. Clube Cultural Chove Não Molha (R. Benjamin Constant, 2118)
16h. Oficina de dança afro
Instituto de Ciências Humanas (Alberto Rosa, 154)
17h Cine Debate: "Mooladée" (de Ousmane Sembene, Senegal, 2004.)
Exposição do Coletivo de Artistas Negros (Hall do ICH)
23/08 ter. Instituto de Ciências Humanas (Alberto Rosa, 154)
17h. Cine Debate: “Panteras Negras” (de Mario Van Peebles, EUA, 1995.)
24/08 qua.
25/08 qui. Instituto de Ciências Humanas (Alberto Rosa, 154)
17h. Cine Debate: “Good Hair” ( de Chris Rock, EUA, 2009.)
26/08 sex. Radio Com 104.5 fm (ou via internet http://radiocom.org.br/)
14:30. Programa Som do Tempo
Conde de Porto Alegre esq. Alberto Rosa (ao lado do Instituto de Artes e Design)
18:30. Cinema na Rua
Clube Cultural Chove Não Molha (R. Benjamin Constant, 2118)
23h. Festa
27/08 sab. Casa 171 (15 de novembro, 171)
13h Oficina de cozinha Baiana
18h Ciclos de Cine 171: “Todo poder ao povo”
28/08 dom. Radio Com 104.5 fm (ou via internet http://radiocom.org.br/)
21h. Programa Subversão
29/08 seg. Casa 171 (15 de novembro, 171)
18h. Oficina de serigrafia
30/08 ter. Casa 171 (15 de novembro, 171)
15h. Oficina de Stencil e Faixas
31/08 qua. Muro da UFPEL - Campus Anglo (Rua Gomes Carneiro, 1)
Apartheid nunca mais!
Apartir das 14h. Feira de troca, oficinas, percussão e protesto!
O Arquivo Público do Estado de São Paulo, órgão vinculado à Casa Civil, comemorou a Abolição da Escravatura no Brasil, no último dia 13 de maio, colocando em seu site o conteúdo integral de 23títulos de jornais e revistas da chamada “imprensa negra” brasileira. A coleção de periódicos pertence a várias vertentes do movimento negro no país durante as primeiras décadas do século XX. Segundo o Arquivo, a iniciativa irá facilitar o aceso ao acervo, que antes só poderia ser consultado na sede da instituição. Levando-se em conta que o Arquivo passa por uma grande obra, a iniciativa é mais uma demonstração de cuidado com o acerco histórico brasileiro e com pesquisadores.
A Voz da Raça, da Frente Negra Brasileira, é um dos muitos jornais que se encontram disponíveis para consulta no site. Fundado em 1933, o jornal é tido como um dos mais importantes do gênero, sendo bastante lido também fora da comunidade negra. A Voz da Raça circulou até 1937, totalizando 70 edições. Outro exemplo é a revista Quilombo (1950), editada por Abdias do Nascimento, célebre militante e agitador cultural. O periódico tinha a função de articular e divulgar a Convenção Nacional do Negro Brasileiro. Já o jornal Chibata, por sua vez, destacava-se por seu espírito irônico e brincalhão. Orgulhava-se de ser “o jornal de maior circulação do mundo". E tinha como uma das bandeiras a luta contra o preconceito. Em sua edição de fevereiro de 1932 estampava em sua capa: "precisamos extinguir de nosso meio, os preconceitos e vícios que tanto nos atrasam".
A expressão "imprensa negra" é comum no meio acadêmico para designar títulos de jornais e revistas publicados em São Paulo após o processo abolicionista, no final do século XIX. Estes periódicos destacaram-se no combate ao preconceito e na afirmação social da população negra, funcionando como instrumentos de integração deste grupo na sociedade brasileira no início do século XX.
Além disso, estes jornais também atuavam na divulgação de eventos cotidianos da população negra, tais como festas, bailes, concursos de poesia e beleza, os quais raramente apareciam em veículos da grande imprensa. É o caso, por exemplo, dos jornais Getulino (1916-1923) e O Clarim d´Alvorada (1929-1940) e da revista Senzala (1946), entre outros.
Grande parte dos jornais foi editada na cidade de São Paulo, mas também constam alguns títulos de outras cidades como o Rio de Janeiro, Campinas e Sorocaba.
Veja os títulos disponíveis na internet:
Jornais: O Alfinete (1918-1921), Alvorada (1948), Auriverde (1928), O Bandeirante (1918-1919), Chibata (1932), O Clarim (1924), O Clarim d´Alvorada (1929-1940), Cruzada Cultural (1950-1966), Elite (1924), Getulino (1916-1923), Hífen (1960), O Kosmos (1924-1925), A Liberdade (1919-1920), Monarquia (1961), O Novo Horizonte (1946-1954), O Patrocínio (1928-1930), Progresso (1930), A Rua (1916), Tribuna Negra (1935), A Voz da Raça (1933-1937), O Xauter (1916). Procure pelos títulos indicados no site: http://www.arquivoestado.sp.gov.br/jornais
Revistas: Quilombo (1950) e Senzala (1946). Consulte pelo site: http://www.arquivoestado.sp.gov.br/a_revistas
página: http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/arquivo-cafe-historia-21